"Eu li a carta do líder iraniano (...) dado o interesse de alguns jovens ocidentais em juntar-se aos grupos extremistas eu acho que é um ato muito importante que um líder religioso escreva uma carta como essa", disse nesta sexta-feira o reverendo e intelectual Frank Julian Gelli, em entrevista à agência iraniana de notícias “IRNA”.
Eu li a carta do líder iraniano (...) dado o interesse de alguns jovens ocidentais em juntar-se aos grupos extremistas creio que é um ato muito importante que um líder religioso escreva uma carta, afirmou o Rev. e intelectual britânico, Frank Julian Gelli.
Ele acrescentou que o papa Francisco, que luta contra as dimensões negativas da cultura ocidental, é um grande aliado do líder da Revolução Islâmica, aiatolá Seyed Ali Khamenei. Segundo Gelli, há muitas igrejas ativas no Reino Unido que têm atraído a juventude britânica, em sua opinião, são capazes de compreender a mensagem do líder iraniano.
Aiatolá Khamenei continuou, se dirige aos jovens, porque eles têm mais tempo livre para atender à sua mensagem e provavelmente não teria tido o mesmo efeito como se tivesse sido dirigida aos políticos, porque, insistiu, não tiveram tempo suficiente para ler e refletir sobre as mensagens espirituais.
"Os jovens são muito idealistas e confiam mais no futuro. Mesmo aqueles que estão atolados na vida material, no interior, pensam em um mundo perfeito", disse ele.
Referindo-se aos esforços do Ocidente por vincular o Islã ao terrorismo, Gelli disse que mesmo não sabendo muito sobre o Islã, as atividades realizadas sobre o diálogo entre as religiões têm oferecido uma perspectiva muito positiva sobre esta religião, então, reiterou, o Islã tem uma natureza pacífica e não violenta.
"O Islã, bem como sendo uma religião universal, já que tem mais de um bilhão de seguidores em todo o mundo, tem atrás de si uma grande história, portanto, é um absurdo o relacionam com o terrorismo", acrescentou.
Em sua opinião, como bem disse na sua carta o líder iraniano, a atitude e atividades de um um grupo inculto e extremista –Salafi e Wahhabi , que tem sua origem na Arábia Saudita, deu uma má imagem do Islã.
Como toque final, Gelli argumentou que o mundo deve se unir em torno de espiritualidade para estender uma mensagem de paz e lutar contra o mal. O líder iraniano pediu neste domingo, pela segunda vez, a primeira carta foi enviado em janeiro, à juventude ocidental através de uma carta, na qual ele descreveu os recentes ataques terroristas na capital francesa, Paris, de "terrorismo cego" e a razão de luta comum para o Ocidente e o mundo islâmico.
O trágico incidente em Paris, ocorreu em 13 de novembro, matando pelo menos 130 pessoas e foram reivindicados pelo grupo terrorista de Daesh.
Aiatolá Khamenei também acusou os EUA e seus aliados ocidentais de criar e armar grupos terroristas como o Talibã, a Al-Qaeda e suas afiliadas, e denuncia o duplo critério do Ocidente na luta contra o extremismo.