Há levantes revolucionários similares em muitos países, inicialmente parecem ter fracassado, do ponto de vista militar, mas, política e historicamente são vitoriosos.
Em 26 de julho de 1953, em Cuba, o movimento liderado por Fidel Castro também se levantou contra a ditadura de Batista, mas de início não conseguiu seu intento. Tal como o movimento de Chávez, tinha na sua reivindicação política a recuperação da Constituição Cubana de 1940, um das mais avançadas, rasgadas pela ditadura Batista.
Aqui no Brasil, em 3 de outubro de 1930, o movimento civil e militar liderado por Vargas consegue derrubar o governo oligárquico e inicia uma era de gigantescas mudanças, inclusive convocando uma Constituinte, legalizando o voto feminino, antes mesmo da “democrática” França
Chávez está presente com sua imensa audácia e inteligência política. Inicialmente, alguns dirigentes petistas viram aquele 4 de fevereiro apenas um golpismo qualquer. Alguns chegaram a dizer “ militares devem ficar nos quartéis”. Imagine Chávez no quartel, sem ser Chávez, o dirigente mundial !! O que torna ainda mais necessário que a esquerda em geral discuta experiências como daquela insurreição militar e popular, e suas reivindicações democráticas legalizadas pela história, arrancando da oligarquia a Constituinte.
Hoje, a Venezuela é um país sem analfabetos, sem fome, com elevados indicadores sociais, com protagonismo na integração da América Latina, no apoio a Cuba e aos governos populares. Por isso mesmo, permanentemente atacada pelos EUA.
É preciso comemorar o 4 de fevereiro como uma data de todas as forças progressistas do mundo, lembrando que há muito a aprender com a unidade cívico-militar bolivariana. Por isso, o governo Maduro, continuador de Chávez, merece toda a solidariedade do povo e do Governo Dilma, porque há sinais sombrios no horizonte, aqui e lá.
Por: Beto Almeida, Diretor da Telesur no Brasil