O órgão, que não explicou as outras 100 vítimas desse período, informou que 750 islamitas morreram durante o despejo policial, em 14 de agosto de 2013, realizado nos acampamentos dos seguidores de Mursi nas praças de Al-Nahda e Rabia al-Adawiya.
No texto é pedido às autoridades a modificação do Código Penal para reduzir os crimes castigados com pena de morte, que atualmente é a condenação indicada para 75 crimes, segundo a lei egípcia. Centenas de pessoas foram condenadas à pena de morte no último ano no Egito em grandes julgamentos que as organizações em defesa dos direitos humanos criticaram por considerar que não foram respeitados os princípios de justiça e que as sentenças foram muito severas. O próprio Mursi foi condenado à morte de forma provisória pelo caso da fuga de uma prisão durante a revolução de 2011, que derrubou o então líder Hosni Mubarak, embora essa pena ainda precise ser confirmada em 2 de junho. Além disso, o CNDH pediu que fosse aumentado o número de pessoas que recebem a liberdade condicional, devido à aglomeração existente nas prisões egípcias. Segundo o relatório, as penitenciárias do país superam 160% de sua ocupação e as delegacias, mais de 300%.