Apesar de 25 de janeiro ter sido proclamado o "Dia da Revolução" desde 2012, não está prevista para hoje qualquer cerimónia e, segundo observadores, tudo foi feito para impedir a concentração da juventude, que considera que a sua revolta foi "confiscada".
No centro do Cairo, apenas uma dúzia de polícias guarda a praça Tahrir, epicentro da revolta de 18 dias que afastou Hosni Mubarak do poder a 11 de fevereiro de 2011. Numerosos blindados e polícias e militares fortemente armados foram colocados nas ruas adjacentes.
Há cinco anos, a vasta praça era ocupada por milhões que manifestantes exigindo a partida de Mubarak, que dirigia o país com "mão de ferro" há 30 anos. Reclamava-se também "pão, liberdade e dignidade".
O 'parêntese' democrático aberto em 2011 foi fechado em 2013 pelos militares, que sempre dirigiram o Egito desde que se tornou uma república em 1953.
A 03 de julho de 2013, o chefe das forças armadas, o general Abdel Fattah al-Sissi, destituiu e prendeu o islamita Mohamed Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente, acabando com um governo da Irmandade Muçulmana acusado de incompetência.
Depois da repressão violenta das manifestações pró-Morsi, o poder virou-se contra a oposição laica e de esquerda.